A embolização é uma forma minimamente invasiva de tratamento de malformações arteriovenosas, por via endovascular (por cateterismo), sem a necessidade de neurocirurgia aberta.
Na embolização, comparada à neurocirurgia aberta, o tempo de recuperação do paciente é menor. Após a embolização de malformações arteriovenosas que não sangraram, o paciente poderá receber alta hospitalar em até 24 a 72h e está liberado para retomar suas atividades diárias e de trabalho em até 1 a 2 semanas.
Em alguns casos, pode ser necessária mais de uma sessão de embolização para otimizar a segurança e efetividade do tratamento. Ainda, em casos selecionados, pode ser necessária abordagem multidisciplinar, com mais de uma modalidade de tratamento, incluindo embolização, neurocirurgia e/ou radiocirurgia.
Para a realização da embolização, é necessário acessar o espaço intravascular de uma artéria através de uma punção (geralmente na virilha ou no punho). Após a punção arterial, com o auxílio de cateteres especiais, pode-se navegar por dentro das artérias até o local da malformação arteriovenosa. Com o uso de raio-x e contraste radiológico, são obtidas imagens digitais em tempo real na tela da máquina de hemodinâmica para guiar o procedimento.
A técnica específica de tratamento da malformação arteriovenosa será definida de acordo com as características anatômicas da malformação e do paciente (sintomas, tamanho, localização, riscos, dentre outras características). O tratamento poderá incluir o uso de agentes embolizantes líquidos (uma substância líquida especial para fechar a malformação), espiras de metal e/ou outros dispositivos.
O objetivo final é fechar a malformação arteriovenosa e a comunicação anormal entre o sistema arterial (artérias) e o sistema venoso (veias). Isto irá impedir as consequências ruins disso, a exemplo da hemorragia.